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Todos nós temos um espaço ao redor do nosso corpo e dependendo da distância vai ser classificado como espaço pessoal, social ou público.

O espaço pessoal, que existe apenas na nossa mente, é uma bolha que criamos ao redor do nosso corpo e vai variar de 50 cm a 1,20 (abertura do nosso braço). Ele nos dá segurança e é apropriada para tratar de assuntos pessoais. Normalmente só os amigos, familiares e namorados ficam dentro do espaço pessoal.

Para Sommer (1973, p. 34), “a violação da distância individual é a violação das expectativas da sociedade; a invasão do espaço pessoal é uma intrusão nas fronteiras do eu da pessoa”.

A percepção desse espaço vai variar de acordo com a cultura e a situação que nós nos encontramos. O espaço pessoal dos britânicos e norte americanos é maior do que o espaço dos latinos-americanos e franceses. Dentro do transporte público a percepção é uma, na rua outra e no restaurante outra, mas, em todos os casos, quando nos sentimos invadidos dentro desse espaço sempre vamos reagir de maneira a demonstrar a outra pessoal o quão estamos incomodados e desconfortáveis com aquela situação. 

Nossas reações são instantâneas, porque sentimos que estão invadido diretamente nossa privacidade e que estamos perdendo o controle.  Na grande maioria das vezes essas reações não são verbais para demonstrar nosso incômodo mediante aquela situação. Nos sentimos irritados, olhamos fixamente ou desviamos o olhar, damos as costas, batemos os dedos em algum superfície ou nos afastamos imediatamente. Já nos locais que somos obrigados a estar muito perto de alguém, contraímos todos os músculos que está em contato.

No nosso cotidiano pré pandemia, em muitas situações tínhamos esse espaço pessoal bem reduzido. Transporte públicos lotados, cadeiras de aviões em classe de turistas cada vez menores, pessoas nas filas que estavam umas em cima das outras entre tantos outros exemplo.

E eis que vem a COVID 19 e faz um resgate desse espaço pessoal. Agora a regra é um distanciamento de 2 metros entre cada pessoa e de repente, de uma hora pra outra, vimos esse espaço aumentar.

Tivemos que nos reeducar e respeitar protocolos de segurança. Tivemos que nos reeducar e aprender a respeitar o espaço do outro. Mas, dessa vez não só por respeito a pessoa em relação de invasão da sua privacidade mas em relação a saúde e segurança de todos. 

Estamos nos reeducando dia a dia e com isso, assistimos um resgate do respeito desse espaço, tão essencial para o relacionamento interpessoal das pessoas.

E a pergunta que não quer calar… será que vamos continuar a respeitar de forma tão sério esse espaço? 

Isso ninguém pode afirmar, mas eu, particularmente torço muito para que sim!

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